- Brujas. ©Ben Bolgar
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O C.E.U. / C.P.U.E. dedica-se ao bem estar da população europeia pela promoção de cidades, vilas, aldeias e territórios mais humanizados.
CIDADES, VILAS, ALDEIAS E CAMPO ESTÃO SOB AMEAÇA DE::
- Desperdício de território e de recursos culturais;
- Segregação social e isolamento;
- Desenvolvimento monofuncional;
- Perda de coesão local, regional e nacional e de carácter e distinção.
12 DESAFIOS PARA O URBANISMO EUROPEU:
- Habitação de fraca integração: blocos de laje repetitivos, torres e propagação de baixa densidade.
- Funções públicas e comerciais desintegradas: Centros de negócios, Centros Comerciais e de entretenimento fora das cidades;
- Edifícios descartáveis e desenvolvimento com ciclo de vida reduzido;
- Degradação dos locais públicos;
- Espaço público resultante de espaços sobrantes;
- Predomínio de uso do automóvel particular em matéria de transportes;
- Desenho indiscriminado da rua e da estrada;
- Rede viária desconexa;
- Métodos de planeamento ultrapassados;
- Destruição de cidades por decadência, abandono e suburbanização;
- Quebras no preenchimento da malha e zonamento disfuncional em áreas urbanas;
- Orientações e regras descontextualizados nas zonas históricas .
O Council for European Urbanism irá tomar em consideração estes 12 desafios, desenvolver um programa, uma organização e uma estratégia e instituir tarefas nacionais. Um programa completo será delineado e apresentado, em Estocolmo, em Novembro de 2003.
A DECLARAÇÃO DE BRUGES
Em Abril, numa cave na cidade histórica de Bruges, 75 Urbanistas e Arquitectos da Europa e Estados Unidos criaram um novo movimento urbano pan-europeu: o Council for European Urbanism.
Durante cinco dias em Bruges e Bruxelas, representantes dos principais países europeus debateram a crise urbana do mundo ocidental com os representantes do movimento americano de enorme sucesso — o C.N.U. (Congress for New Urbanism). Encontraram campos em comum e diferenças significativas, mas o sucesso do Congress for New Urbanism inspirou os participantes europeus a criar uma organização gémea dedicada à criação e renovação de cidades, vilas e aldeias europeias mais humanizadas — O Council for European Urbanism.
No debate participaram membros da I.N.T.B.A.U. (International Network for Traditional Building Architecture and Urbanism), da Princes Foundation, da Vision of Europe, da Norwegian Foundation for Urban Renewal, do Institute of Classical Architecture, da Technische Universität Berlin e das escolas de Arquitectura da Universidade Católica Portuguesa — Centro de Viseu, San Sebastian em Espanha, Ferrara e Nápoles, na Itália, Glasgow na Escócia e Miami e Notre Dame nos EUA.
Os delegados Alemães direccionaram o debate para a situação miseravel dos conjuntos habitacionais em massa do pós-guerra e para a crise social criada por estas enormes áreas de habitação em blocos, sem alma, no Leste da Europa. Debateu-se também o valor da herança europeia e a sua vulnerabilidade em face do “desenvolvimento” destrutivo.
Leon Krier, o reconhecido arquitecto, urbanista e teórico que tomou parte na reunião de Bruges, disse: “as ´built wastelandsª da Europa e EUA do século XX não resultaram da anarquia e da falta de legislação, mas da tentativa de concretização de uma doutrina errónea. O Council for European Urbanism é uma reacção contra este fiasco, por parte dos Urbanistas e dos Arquitectos que constroem ambientes humanos, ecológica e esteticamente sustentáveis, baseados nos modelos tradicionais europeus das cidades, vilas e aldeias.”
Após um debate animado, os participantes delinearam a Declaração de Bruges e criaram o Council for European Urbanism. A Declaração identifica 12 desafios para o Urbanismo Europeu. Nos próximos meses, o Council for European Urbanism irá estabelecer tarefas nacionais e reunir num número de cidades europeias para desenvolver um programa, organização e estratégia. Um programa completo será apresentado e acordado, em Estocolmo, em Novembro deste Ano.